Capital selvagem continua fazendo suas vítimas impunimente
Recentemente, um orgão de defesa do consumidor, baseado no código nacional do consumidor, decretou que o celular é um instrumento de extrema necessidade no dia a dia do cidadão. Por isso, a empresa que vender o aparelho de forma que o consumidor se sinta lesado e com falta de assistência imediata, terá a obrigatoriedade de substituir o bem vendido, restituir o dinheiro ou a diferença em dinheiro caso o consumidor resolver substituir a mercadoria comprada por outra de menor valor.
Pois, bem. Por que a Secretaria Nacional do Direito econômico não aciona o ministério público para combater a descarada agiotagem oficializada praticada pelas financeiras que atuam no ramo automoblístico praticando a taxa de juro mais absurda do planeta? Parto do princípio de que um automóvel é um bem de extrema neceesidade e até para trabalhar do cidadão comum. Tal qual o celular, também, é.
Sem um carro para trabalhar, já há um mês, pois o meu que em julho completou 14 anos de uso e quebrou definitivamente, procurei várias concessionárias de automóveis objetivando comprar uma unidade e deparei com um cartel de financeiras muito bem organizadas e praticando taxa de juro absurdamente elevadas. Trabalhando em cima da necessidade do cidadão, elas impõem situações de negócio, para o comprador, quase impossível de ser paga.
Por exemplo: um carro novo popular, com cilindrada 1.000, financiado em 60 meses,que custa R$ 34.000,00 (trinta e quatro mil reais) e a financeira diz praticar juro de 1.6 ao mês, fica com o preço final de R$ 56.000,00 (cinquenta e seis mil reais). Pois, bem. Não precisa ser nenhum matemático e nem tão pouco economista para perceber que esta conta está errada. Senão, veremos. É simples:
Preço original do carro na concessionária: R$ 34.000,00 dividido por 60 messes = R$ 566,67 (quinhentos e secenta e seis reais e secenta e sete centavos). Este seria o preço da parcela a ser paga caso ao mês não fosse aplicado juro.
Preço do juro a ser pago: Valor final do carro R$ 56.000,00 - valor original sem juro R$ 34.000,00 = valor do acréscimo chamado de juro R$ 22.000,00 dividido por 60 meses (que é o período do financiamento) = R$ 366,67 (trezentos e secenta e seis reais e secenta e sete centavos). Este seria o preço da parcela referente ao juro a ser pago.
Ora, se o preço da parcela sem juro é de R$ 566,67 e a parcela adicional de juro é de R$ 366,67, perfazendo um total de R$ 933,34 (novecentos e trinta e três reais e trinta e quatro centavos) que seria o preço da parcela mensal que eu teria de pagar, então, qual percentual estaria eu pagando além do valor original do automóvel?
Resposta: R$ 566,67 - 100%
R$ 366,67 - X
Resultado = 64,7%
Pois é, esta é uma realidade de um país que fala muito em distribuição de renda e justiça social, adotando a maior carga tributária do mundo, e permite que tal prática seja aplicada de forma explícita sob os olhos da lei e da justiça, tal qual o seu símbolo, é cega, surda e muda.
Pra não esquecer: a taxa de juro cobrada por um determinado cartão de crédito é de 355,57% ao mês em um páis que remunera mensalmente a caderneta de poupança em 0.5% ao mês "Alô Polícia!"
Recentemente, um orgão de defesa do consumidor, baseado no código nacional do consumidor, decretou que o celular é um instrumento de extrema necessidade no dia a dia do cidadão. Por isso, a empresa que vender o aparelho de forma que o consumidor se sinta lesado e com falta de assistência imediata, terá a obrigatoriedade de substituir o bem vendido, restituir o dinheiro ou a diferença em dinheiro caso o consumidor resolver substituir a mercadoria comprada por outra de menor valor.
Pois, bem. Por que a Secretaria Nacional do Direito econômico não aciona o ministério público para combater a descarada agiotagem oficializada praticada pelas financeiras que atuam no ramo automoblístico praticando a taxa de juro mais absurda do planeta? Parto do princípio de que um automóvel é um bem de extrema neceesidade e até para trabalhar do cidadão comum. Tal qual o celular, também, é.
Sem um carro para trabalhar, já há um mês, pois o meu que em julho completou 14 anos de uso e quebrou definitivamente, procurei várias concessionárias de automóveis objetivando comprar uma unidade e deparei com um cartel de financeiras muito bem organizadas e praticando taxa de juro absurdamente elevadas. Trabalhando em cima da necessidade do cidadão, elas impõem situações de negócio, para o comprador, quase impossível de ser paga.
Por exemplo: um carro novo popular, com cilindrada 1.000, financiado em 60 meses,que custa R$ 34.000,00 (trinta e quatro mil reais) e a financeira diz praticar juro de 1.6 ao mês, fica com o preço final de R$ 56.000,00 (cinquenta e seis mil reais). Pois, bem. Não precisa ser nenhum matemático e nem tão pouco economista para perceber que esta conta está errada. Senão, veremos. É simples:
Preço original do carro na concessionária: R$ 34.000,00 dividido por 60 messes = R$ 566,67 (quinhentos e secenta e seis reais e secenta e sete centavos). Este seria o preço da parcela a ser paga caso ao mês não fosse aplicado juro.
Preço do juro a ser pago: Valor final do carro R$ 56.000,00 - valor original sem juro R$ 34.000,00 = valor do acréscimo chamado de juro R$ 22.000,00 dividido por 60 meses (que é o período do financiamento) = R$ 366,67 (trezentos e secenta e seis reais e secenta e sete centavos). Este seria o preço da parcela referente ao juro a ser pago.
Ora, se o preço da parcela sem juro é de R$ 566,67 e a parcela adicional de juro é de R$ 366,67, perfazendo um total de R$ 933,34 (novecentos e trinta e três reais e trinta e quatro centavos) que seria o preço da parcela mensal que eu teria de pagar, então, qual percentual estaria eu pagando além do valor original do automóvel?
Resposta: R$ 566,67 - 100%
R$ 366,67 - X
Resultado = 64,7%
Pois é, esta é uma realidade de um país que fala muito em distribuição de renda e justiça social, adotando a maior carga tributária do mundo, e permite que tal prática seja aplicada de forma explícita sob os olhos da lei e da justiça, tal qual o seu símbolo, é cega, surda e muda.
Pra não esquecer: a taxa de juro cobrada por um determinado cartão de crédito é de 355,57% ao mês em um páis que remunera mensalmente a caderneta de poupança em 0.5% ao mês "Alô Polícia!"
Tudo isto é o resultado de um capitalismo selvagem que nos conduz para a dura realidade dos poucos com muito e muitos sem nada, obrigando assim os muitos se submeterem a escravidao imposta pela minoria que detem as riquezas deste paiz, até quando vamos suportar tanta injustiça social neste paiz?
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